sexta-feira, 3 de abril de 2009

Artigo 00038 - O Que é A Verdade ou Como Chegar a Verdade...

Prezados Leitores e Amigos,

Datas: 03/04/2009 (trigésimo-nono dia do regime)

Nota dos dias: 9,0

Hoje confesso que fiquei com preguiça de fazer esteira. Foi um dia bastante puchado (como tem sido praticmente todos os dias). No final do dia tirei uma hora de folga para molhar a grama, pois já faz alguns dias que não chove aqui em Santa Cruz do Sul e já começaram a aparecer manchas com grama secando ou murcha. Depois que terminei de molhar a grama simplesmente desabei no colchão da sala e dormi por umas duas horas a fio. Foi um sono recuperador. Não é desculpa, mas resolvi não fazer esteira por que a atividade física tem que ser uma atividade prazerosa, não uma prisão. E hoje realmente eu não estava com vontade. Fica para amanhã. Já quanto a alimentação tudo 100%, nenhum deslize.

A seguir compartilho com vocês um artigo de minha autoria, que escrevi em 2006.



Percepções, Verdades e Julgamentos

Autor: Júlio Battisti

Introdução

Esta artigo procura focar nososs cinco sentidos, com portas do nosso corpo – e por que não da nossa alma e espírito, para com o mundo físico e como o que percebemos pode ser diferente da realidade; como o que percebemos ou acreditamos perceber, pode ter sido distorcido por nossos julgamentos e modelos pré-concebidos, já entranhados em nosso ser, dos quais nem sequer temos consciência.

Este artugi não tem a pretensão de discutir verdades absolutas, até por que este autor não acredita que elas existam. Cada um de nós tem e vive de acordo com a sua própria verdade, de acordo com as suas crenças e age com base nelas. O objetivo é única e simplesmente lançar idéias para reflexão, discussão e para meditação.

A Verdade de Cada um De Nós

É impressionante como duas pessoas, submetidas a exatamente a mesma situação, as mesmas circunstâncias, agem de maneira completamente diferente. Podemos nos perguntar, mas como é possível, se a situação e as circunstâncias são exatamente as mesmas?? Isso é possível, por que todos temos os mesmos sentidos, recebemos os mesmos estímulos externos, mas a maneira como cada um de nós reage a estes estimulas é única e depende de uma série de fatores.

Tudo o que vivemos está gravado, de alguma maneira, em nossa mente e em nosso ser. Emoções positivas e negativas, vitórias e derrotas, erros e acertos, alegrias e tristezas, conquistas e decepções, enfim, tudo o que já vivemos faz parte do nosso ser. Estas vivências vão moldando nosso modo de ser, perceber a agir. Nossas vivências vão criando modelos de ação e reação. Não existe nada de errado com isso, a não ser o fato de que muitas vezes não temos consciência destes modelos e simplesmente vamos vivendo e sendo conduzidos por estes modelos. A partir deste momento, não somos mais senhores de si, mas sim escravos de modelos e concepções enraizadas em nosso ser, modelos estes que, na maioria das vezes, nem sequer são os mais corretos ou mais adequados. Neste momento somos não senhores, mas sim escravos de nossos modelos, vícios e paixões.

As coisas acontecem, nos as percebemos e, sem pensar direito, reagimos com base em modelos pré-definidos, muito arraigados em nosso ser. Passamos a ser elementos meramente reativos. Algo acontece e reagimos a este fato, encurtando cada vez mais o precioso espaço/tempo que existe entre a ação e a reação (tema este discutido no artigo “O Discernimento”, o qual publicarei aqui no Blog, em Breve). É uma armadilha da qual nós mesmos procuramos não sair, por que é cômodo. Algo acontece e já temos uma resposta pronta. Isso não demanda termos que pensar, termos que refletir. É muito mais fácil simplesmente agir com base em nossos modelos já interiorizados, em nossas verdades pré-concebidas, as quais também podemos chamar de pré-conceitos.

Essa forma de agir nos reduz muito como seres humanos, pois faz com que tenhamos acesso apenas a um parcela ínfima das possibilidades que a vida nos oferece: a parcela percebida e tida como verdadeira por nossos modelos pré-concebidos, a parcela tida como correta por nossas próprias verdades. É fácil perceber quando somos prisioneiros desta armadilha, pois nos tornamos pessoas mais fechadas ao novo, não vendo com bons olhos quem nos critica e quem nos questiona, passamos a julgar mais, a achar que é errado tudo o que não combina com nossas crenças, com “nossas verdades”.

Também nos tornamos hipócritas, onde temos uma série de julgamentos e pré-conceitos que servem para os outros, mas os quais não usamos com nós mesmos. Usamos frases do tipo “ah se fosse comigo” ou “mas que idiotice isso que você fez” ou “como é que você faz uma coisa dessas”. Neste estágio perdemos a nossa integridade, o contato com o nosso eu interior, com o que verdadeiramente somos, pois estamos mais preocupados em julgar e manter uma aparência externa, com medo de mostrar o que verdadeiramente somos. Quando temos um discurso que não está de acordo com nossas atitudes é porque algo não está bem, é porque estamos desconectados de nossa essência verdadeira. A seguinte passagem de Jesus, ilustra bem este estágio:

“Por que observas o cisco no olho do teu Irmão e não percebes a viga que está no teu próprio olho? Como podes dizer a teu irmão: “Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho”, quando não vês a viga no teu próprio olho? Hipócrita! Tira, antes, a viga do teu próprio olho e então enxergarás bem, para tirar o cisco do olho do teu irmão. [Lucas 6:41-42]

Nos tornamos hipócritas por que queremos assumir uma papel que não é nosso: o do julgamento, o de nós preocupar se algo é ou não justo. O grande arquiteto do Universo já tirou este peso, esta responsabilidade dos nossos ombros, quando o mestre maior disse: “Não julgueis para não serdes julgado”. A nossa vida seria bem mais leve, apenas seguindo este ensinamento, sem querermos interpretar e julgar a tudo e a todos de acordo com nossas crenças, com nossas verdades e com nossas percepções. Deixemos este peso, este trabalho árduo para a sabedoria infinita do Grande Arquiteto do Universo. Fazendo isso teremos vidas mais plenas, teremos mais tempo e energia para nos concentrarmos na construção de nosso eu interior, amplificando nossas virtudes e lapidando nossos vícios e imperfeições, para transformá-las em virtude.

O primeiro passo é termos consciência de que, em grande parte do tempo, agimos no automático, de acordo com estes modelos pré-concebidos. Estes modelos se tornam nossas verdades absolutas, pelas quais brigamos com unhas e dentes para defendê-las. Passamos a acreditar que tudo tem que se enquadrar de acordo com estas verdades. Deixamos de usar o precioso tempo/espaço de que dispomos entre a ação e reação e passamos a agir no automático, sem consultar nossas fontes interiores, deixando de acessar nossa verdadeira essência, nossa intuição.

Conclusão: A Vida Pode ser Mais Leve e Melhor

Este assunto é realmente empolgante, necessário e extenso. Em muitas oportunidades voltarei a estas questões, propondo novas discussões e reflexões. Gostaria de colocar um dos textos da Madre Tereza de Calcutá, o qual considero perfeitamente sintonizado com o que foi apresentado neste artigo:

Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas;
Perdoe-as assim mesmo.


Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta e interesseiro;
Seja gentil assim mesmo.


Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros;

Vença assim mesmo.

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Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo;

Seja honesto e franco assim mesmo.

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O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora pra outra;
Construa assim mesmo.

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Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja;
Seja feliz assim mesmo.

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O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã;
Faça o bem assim mesmo.

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Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante;
Dê o melhor de você assim mesmo.

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Veja você que, no final das contas isto é entre você e Deus.
Nunca foi entre você e as outras pessoas.

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Tenhamos inicialmente consciência de que os modelos pré-concebidos existem e que eles podem ser exigências do mundo atual, cada vez mais materialista e menos espiritualizado. Não existe nada que nos obrigue a utilizar e viver de acordo com estes modelos e verdades.

Em segundo lugar, tenhamos a capacidade de exercer, em sua essência, a tolerância, aceitando que cada ser humano é único, com suas necessidades, individualidades, anseios e verdades – as quais não tem que ser necessariamente as mesmas verdades que as nossas. A tolerância talvez seja a virtude maior que devemos cultivar em nossos corações e mentes. Só poderemos exercitá-la, verdadeiramente, ao quebrarmos as amarras com nossos modelos de ação/reação pré-concebidos, ao passarmos a ouvir mais a voz do nosso coração, para tomarmos decisões verdadeiramente sintonizadas com a nossa alma, com a nossa verdadeira essência.

Por fim, para sermos capazes de tudo isso, de não julgarmos, de nos livrarmos do peso desnecessário de verdades pré-concebidas, é preciso cinco coisas fundamentais: coragem, coragem, coragem, coragem e, por último, coragem.

Coragem de buscar nossa verdadeira essência. Coragem de fazer de cada instante uma busca verdadeira de estar conectado a nossa verdadeira essência. Coragem de admitir que sempre temos o que aprender e que não somos donos da verdade. Coragem de fazer o que tem que ser feito e não simplesmente deixar-nos levar no automático, por modelos e concepções pré-determinadas. E por último, coragem para não julgar, de não se preocupar sobre o justo e o injusto e ter sempre em mente que não é entre nós e os demais irmãos de jornada, mas sim entre nós e Deus, e ao pai maior ninguém engana.

O livro a seguir aborda de maneira excelente a questão dos Modelos Mentais:

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INDICAÇÃO DE LIVRO:
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  • Título: A Força dos Modelos Mentais

  • Autores: Yoram Wind, Colin Grook e Robert Gunther

  • Editora: Bookman

  • Descrição: Um livro que ajuda a entender o mundo, de forma que o leitor possa tomar decisões que respondam à realidade e não a um modelo obsoleto de realidade. Os autores mostram como os modelos mentais se colocam entre as pessoas e a vida real, distorcendo as percepções e criando limites e oportunidades
    asdf

Atenciosamente,

Júlio Battisti,

MCP, MCP+I, MCSE NT 4, MCSE 2000, MCDBA, MCSD, MCSA e MVP

0-xx-(51) 3717-3796 - Santa Cruz do Sul - RS
0-xx-(55) 9957-2041 - Santa Maria - RS

www.juliobattisti.com.br
www.certificacoes.com.br



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