terça-feira, 17 de março de 2009

Artigo 00022 - Curta a Jornada... Embora Seja Difícil...

Prezados Leitores e Amigos,

Data: 17/03/2009 (vigésimo-segundo dia do regime)

Nota do dia: 10,0

Novamente foi tudo beleza com a alimentação e fiz 7 Km de Caminhada. Pelo meu planejamento, nos próximos 30 dias me manterei com 7 Km de caminhada por dia, depois passarei para 7,5 Km. A caminhada além de uma aliada importante para a saúde e para a perda de peso é, também, um momento de parada e meditação. É o momento em que eu repouso um pouco a mente da agitação do dia (50 ligações, 450 a 500 emails, pedidos, site, escrever artigos, livros, tutoriais, ufa..., não é fácil). Enquanto faço a caminhada minha mente vai vagando, tendo idéias, fazendo planos e análises, filosofando um pouco e depois volta para a realidade. É bom. É saudável e é relaxante. Ou seja, só benefícios. Hoje eu vejo o quanto deixei de ganhar (eu raramente uso o termo "perdi") no último ano em que fui acomodado e deixei a esteira juntando poeira.

Outra lição que tem sido fundamental (mas não fácil de implementar) é aprender a curtir a jornada. Eu tenho um objetivo: perder peso e ganhar saúde, o que para mim significa algo entre 20 a 25 Kg a contar do início da jornada, quando eu estava com 95 Kg. Mas eu não posso e não devo condicionar minha mente para só sentir satisfação, para só me sentir feliz quando alcançar o objetivo final. Não, de maneira alguma. Eu tenho que aprender a curtir a jornada, a ficar feliz em estar no caminho certo, destruindo maus hábitos e criando novos hábitos, mais saudáveis. Aprender a curtir a jornada é o que de mais importante podemos aprender na vida. Jamais de condicione da forma "quando eu conseguir tal coisa ou quando acontecer tal coisa, eu serei feliz". Não, de maneira alguma. Aprenda a curtir a jornada. Aprenda a sentir-se feliz e satisfeito em estar no caminho certo. Estando no caminho certo, o objetivo final é só uma questão de tempo. Triste é estar no caminho errado. Ou como dizem os Indianos "De que adianta correr se você está no caminho errado???"

A seguir uma mensagem que gostaria de compartilhar com vocês:


Estação das Perdas - Autor Desconhecido

Há horas em nossa vida que somos tomados por uma enorme sensação de inutilidade, de vazio. Questionamos o porquê de nossa existência e nada parece fazer sentido. Concentramos nossa atenção no lado mais cruel da vida, aquele que é implacável e a todos afeta indistintamente: As perdas do ser humano.

Ao nascer, perdemos o aconchego, a segurança e a proteção do útero. Estamos, a partir de então, por nossa conta. Sozinhos. Começamos a vida em perda e nela continuamos.

Paradoxalmente, no momento em que perdemos algo, outras possibilidades nos surgem. Ao perdermos o aconchego do útero, ganhamos os braços do mundo. Ele nos acolhe: nos encanta e nos assusta, nos eleva e nos destrói. E continuamos a perder e seguimos a ganhar.

Perdemos primeiro a inocência da infância. A confiança absoluta na mão que segura nossa mão, a coragem de andar na bicicleta sem rodinhas porque alguém ao nosso lado nos assegura que não nos deixará cair... E ao perdê-la, adquirimos a capacidade de questionar. Por quê? Perguntamos a todos e de tudo. Abrimos portas para um novo mundo e fechamos janelas, irremediavelmente deixadas para trás.

Estamos crescendo. Nascer, crescer, adolescer, amadurecer, envelhecer, morrer.

Vamos perdendo aos poucos alguns direitos e conquistando outros. Perdemos o direito de poder chorar bem alto, aos gritos mesmo, quando algo nos é tomado contra a vontade. Perdemos o direito de dizer absolutamente tudo que nos passa pela cabeça sem medo de causar melindres. Assim, se nossa tia às vezes nos parece gorda tememos dizer-lhe isso.

Receamos dar risadas escandalosamente da bermuda ridícula do vizinho ou puxar as pelanquinhas do braço da vó com a maior naturalidade do mundo e ainda falar bem alto sobre o assunto. Estamos crescidos e nos ensinam que não devemos ser tão sinceros. E aprendemos. E vamos adolescendo, ganhamos peso, ganhamos, seios, ganhamos pelos, ganhamos altura, ganhamos o mundo.

Neste ponto, vivemos em grande conflito. O mundo todo nos parece inadequado aos nossos sonhos ah! os sonhos!!! Ganhamos muitos sonhos. Sonhamos dormindo, sonhamos acordados, sonhamos o tempo todo.

Aí, de repente, caímos na real! Estamos amadurecendo, todos nos admiram. Tornamo-nos equilibrados, contidos, ponderados. Perdemos a espontaneidade. Passamos a utilizar o raciocínio, a razão acima de tudo. Mas não é justamente essa a condição que nos coloca acima (?) dos outros animais? A racionalidade, a capacidade de organizar nossas ações de modo lógico e racionalmente planejado?

E continuamos amadurecendo, ganhamos um carro novo, um companheiro, ganhamos um diploma. E desgraçadamente perdemos o direito de gargalhar, de andar descalço, tomar banho de chuva, lamber os dedos e soltar pum sem querer.

Mas perdemos peso!!! Já não pulamos mais no pescoço de quem amamos e tascamos-lhe aquele beijo estalado, mas apertamos as mãos de todos, ganhamos novos amigos, ganhamos um bom salário, ganhamos reconhecimento, honrarias, títulos honorários e a chave da cidade. E assim, vamos ganhando tempo, enquanto envelhecemos.

De repente percebemos que ganhamos algumas rugas, algumas dores nas costas (ou nas pernas), ganhamos celulite, estrias, ganhamos peso. e perdemos cabelos. Nos damos conta que perdemos também o brilho no olhar, esquecemos os nossos sonhos, deixamos de sorrir. perdemos a esperança. Estamos envelhecendo.

Não podemos deixar pra fazer algo quando estivermos morrendo. Afinal, quem nos garante que haverá mesmo um renascer, exceto aquele que se faz em vida, pelo perdão a si próprio, pelo compreender que as perdas fazem parte, mas que apesar delas, o sol continua brilhando e felizmente chove de vez em quando, que a primavera sempre chega após o inverno, que necessita do outono que o antecede.

Que a gente cresça e não envelheça simplesmente. Que tenhamos dores nas costas e alguém que as massageie. Que tenhamos rugas e boas lembranças. Que tenhamos juízo mas mantenhamos o bom humor e um pouco de ousadia. Que sejamos racionais, mas lutemos por nossos sonhos. E, principalmente, que não digamos apenas eu te amo, mas ajamos de modo que aqueles a quem amamos, sintam-se amados mais do que saibam-se amados.

Afinal, o que é o tempo? Não é nada em relação a nossa grande missão. E que missão! Fique em Paz.


Atenciosamente,

Júlio Battisti, MCP, MCP+I, MCSE NT 4, MCSE 2000, MCDBA, MCSD, MCSA e MVP

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